Imagine ir ao médico para tratar de uma febre persistente.
Ao invés de ministrar um comprimido ou aplicar uma injeção, o médico encaminha
você para uma equipe de médicos especiais que implanta um minúsculo robô
na sua corrente sanguínea. O robô detecta a causa da
febre, viaja até o sistema apropriado e libera uma dose de medicamento
diretamente na área infectada.
O robô nesta ilustração nada pelas artérias
O robô nesta ilustração nada pelas artérias
e pelas veias usando um par de apêndices na cauda
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Surpreendentemente,
não estamos longe de realmente ver dispositivos como este sendo usados em
procedimentos médicos. Eles são chamados de nanorrobôs e equipes de engenheiros
no mundo inteiro estão trabalhando para criar robôs que serão usados para
tratar vários tipos de doenças, desde hemofilia a câncer.
Nem sempre o maior é o melhor
Em 1959, Richard Feynman, engenheiro da CalTech,
lançou um desafio para engenheiros do mundo todo: ele queria que alguém
criasse um motor que coubesse em um cubo que medisse
1/64 de polegada de cada lado. Ele tinha esperança de que criando e
construindo esse motor, engenheiros desenvolveriam novos métodos de produção
que poderiam ser usados no campo emergente da nanotecnologia. Em 1960, Bill
McLellan reivindicou o prêmio, após construir um motor que funcionava de
acordo com as especificações. Feynman concedeu o prêmio apesar de McLellan
ter construído o motor a mão, sem criar nenhuma nova metodologia de produção.
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Como você pode
imaginar, os desafios que os engenheiros enfrentam são desencorajadores. Um
nanorrobô viável deve ser pequeno e ágil o bastante para navegar pelo sistema
circulatório humano, que é uma rede de veias e artérias incrivelmente complexa.
O robô também deve ter capacidade para carregar medicação em ferramentas
minúsculas. Partindo-se do princípio de que o nanorrobô não é feito para ficar
indefinidamente dentro do paciente, ele também deve conseguir sair do
hospedeiro.
Neste artigo,
aprenderemos as potenciais aplicações para os nanorrobôs, as várias maneiras
como os nanorrobôs vão navegar e se mover pelos nossos corpos e as ferramentas
que usarão para curar os pacientes. Também saberemos que progressos as equipes
ao redor do mundo tiveram até agora e o que os teóricos prevêem para o futuro.